22.10.11

Lisabonoje pristatytas JAV lietuvių rašytojos romanas / O novo livro “O Longo Inverno” de Ruta Sepetys foi apresentado em Lisboa


A 14 de Outubro a Contraponto (uma chancela Bertranda) lança O Longo Inverno, de Ruta Sepetys, uma obra da qual pode ler já aí a seguir, em pré-publicação no Porta-Livros, as primeiras páginas. A tradução é de Susana Sousa e Silva.

O Longo Inverno é o primeiro romance de Ruta Sepetys, uma americana de origem lituana, nação que desapareceu do mapa em 1941, até reaparecer 1990, que se estreou este ano com um romance pungente acerca da violência exercida, durante a ocupação soviética, sobre centenas de milhares de lituanos. Inspirado na experiência de contemporâneos dos seus avós, “O longo inverno” mostra quão devastadoras foram as purgas estalinistas. No que à Lituânia diz respeito, entre 1940 e 1953 foram presos e deportados mais de trezentos mil nacionais.  Segundo a Contraponto, Ruta “quis dar voz a centenas de milhares de pessoas que perderam a vida durante a limpeza estalinista na região báltica”.


A sinopse: “Em 1941, Lina, de 15 anos, prepara-se para ingressar na escola de artes e para tudo o que aquele verão lhe pode proporcionar. No entanto, uma noite, a polícia secreta soviética invade a sua casa, levando-a juntamente com a sua mãe e o irmão mais novo. São enviados para a Sibéria. O pai de Lina é separado da família e conduzido para um campo de concentração. Lina decide arriscar tudo e usa a sua arte como forma de enviar mensagens, na esperança de que estas cheguem ao campo prisional onde o seu pai se encontra e lhe transmitam que a sua família ainda está viva. É uma longa e comovente viagem. Apenas a força, o amor e a esperança fazem com que Lina e a família resistam a cada dia. Mas será o amor suficiente para os manter vivos? O Longo Inverno é um romance arrebatador, de cortar a respiração e que revela a miraculosa natureza do espírito humano.”

A edição portuguesa é a única que não respeita o título original da obra (algo como A vida em tons de cinza), traduzida em vários países, Brasil incluído.

Pré-publicação: AQUI .

Retirado dos sitios : delfi.lt , portalivros.wordpress.com .




 Lisabonoje pristatytas JAV lietuvių rašytojos romanas

Vietos publikai autorę pristatė Lietuvos ambasadorius Portugalijoje Algimantas Rimkūnas.

Romane, portugališkai pavadintame „O longo inverno“, pasakojama 1941 metais į Sibirą ištremtos penkiolikametės Linos ir jos šeimos istorija. Šis kūrinys skaitytojus susipažindina su stalinistinės SSRS vykdytais nusikaltimais Baltijos šalyse.

R.Šepetys gimė Detroite lietuvio ir amerikietės šeimoje, studijavo JAV bei Prancūzijoje, vėliau pradėjo dirbti muzikos verslo srityje. „Tarp pilkų debesų“ – debiutinis jos romanas, iškart sulaukęs pripažinimo daugelyje šalių ir išverstas į 27 užsienio kalbas.

2011-uosius Lietuvos Seimas yra paskelbęs Laisvės gynimo ir didžiųjų netekčių atminimo metais.
R.Šepetys knyga „Tarp pilkų debesų“ spalio 28 d. bus pristatyta ir Lietuvos užsienio reikalų ministerijoje.

Paimta iš:  delfi.lt , portalivros.wordpress.com . 


7.10.11

Lituanos no Brasil / Lietuvių palikuonys Brazilijoje žavisi senelių gimtine ir nesispardo grįžti (nuotraukos)

Nas primeiras décadas do século passado famílias de diversas etnias vieram para o Brasil em busca de melhores condições de vida. Na Lituânia, uma das três repúblicas Bálticas, não foi diferente. Descobrir quantas e quais foram essas famílias e onde viviam é um dos objetivos do historiador e jornalista lituano Egidijus Aleksandravcius.

Acompanhado do fotógrafo e cinegrafista Henrikas Gulbinas e do presidente da Aliança Jovem dos Lituanos no Mundo, Kestas Pikunas, além do tradutor, o brasileiro Audris Tatarunas, ele percorre diversas cidades brasileiras fazendo esse levantamento e buscando as raízes da imigração lituana no Brasil. Na semana passada eles estiveram em Londrina, entrevistando os descendentes da região.

''Estamos procurando os vestígios dos lituanos que vieram a partir da primeira imigração em 1926. O Egidijus fez vários trajetos em busca desses lituanos 'perdidos', porque vários deles depois que chegaram com o navio no Brasil se espalharam, conforme a necessidade e o interesse, na plantação de café, na construção de estrada de ferro'', conta o tradutor.

''O trabalho hoje é o Brasil, mas já fomos na América (Estados Unidos), depois vamos para a Austrália. O Brasil é um dos países mais esquecidos dos lituanos, porque as imigrações são muito antigas, da década de 1920 e depois não houve mais imigrações. Na América o inglês, como língua universal, facilitou mais o contato. Se nós não levantarmos essa história nesse momento, ela pode se perder para o resto da vida'', explica Aleksandravcius.

''O Brasil ainda é não muito lembrado na Lituânia. Eles querem fortalecer essa ligação. Inclusive não existe embaixada no Brasil, quem precisa de qualquer coisa tem que ir até Buenos Aires, na Argentina. Há um consulado em Santana do Parnaíba, São Paulo, mas que não resolve tudo'', justifica Tatarunas.

Neste primeiro momento o grupo irá fazer o trabalho de campo. Depois será feito um documentário, mostrando tudo o que for levantado aqui. Uma terceira etapa envolve a aproximação dos descendentes de lituanos daqui das pessoas da terra natal, inclusive com convênios entre universidades, possibilitando o intercâmbio entre os países.

Isso é de interesse principalmente dos jovens, por isso a participação do presidente da Aliança Jovem. ''Queremos que essa ligação se fortaleça entre os jovens lituanos, fortaleça o intercâmbio. Os jovens têm outros interesses porque a Lituânia é bem pequena, essa proximidade é importante'', destaca Pikunas.

A viagem de exploração se encerra no dia 21 de outubro. Já foram visitadas a colônia lituana da capital de São Paulo, o Interior e agora o Norte do Paraná. Depois eles seguem para o Rio Grande do Sul, Porto Velho e Manaus. A expedição passa também por Recife e se encerra em São Paulo. Toda a viagem é financiada por um doador particular da Lituânia, segundo o historiador.


Nomes foram 'abrasileirados'

Luiz Carlos Muraska: avô Romualdas trabalhou como topógrafo
Uma das famílias que vieram para o Brasil foi a de Romualdas Muraska. Na companhia da esposa Stace e dos filhos Romualdas, quatro anos, e Ludwig, 11 meses, ele desembarcou em São Paulo em 2 de abril de 1929. Aqui, os nomes foram ''abrasileirados'' para Romualdo e Luiz.

Um de seus netos mora em Londrina, o engenheiro elétrico Luiz Carlos Muraska. Com a ajuda da mãe Maria Iracema e do irmão Cláudio ele contou um pouco da história da família para a FOLHA. ''Depois que meu avô chegou ao Brasil foi trabalhar de topógrafo. Eles vieram para cá quando a União Soviética invadiu a Lituânia e foram morar na divisa de São Paulo com Paraná. A profissão de topógrafo ele aprendeu aqui. Lá ele era delegado de polícia'', conta.

Com os filhos já adolescentes, em 1950, a família veio para Londrina, fugindo da malária que fazia várias vítimas no interior de São Paulo. ''Meu avô morreu disto. O tio Luiz acabou conhecendo um russo, que era da Empresa Elétrica de Londrina, que estava fazendo usinas por aqui. Ele trabalhou em Apucaraninha e se aposentou na Copel'', conta Luiz Carlos. Romualdo, pai de Luiz Carlos, também trabalhou na parte elétrica, depois de voltar de São Paulo, já casado, e foi chefe da empresa em Apucaraninha.

Dona Iracema mostra uma caixa em madeira, presente feito por um dos presidiários na época que o sogro ainda era delegado na Lituania e vai desfiando as lembranças. ''A viagem durou 30 dias. Eles sofreram bastante, mas minha sogra era uma mulher 'para frente'. Ela aprendeu português sozinha e costurava para fora. Ela era muito disposta, nunca reclamava de nada.''

No ano passado Cláudio voltou para conhecer a terra natal dos avós e do pai. ''Eles têm uma imagem muito boa do Brasil. A Lituânia tem 3 milhões de habitantes e eles ficam impressionados com cidades como São Paulo. Meu pai veio de Kaunas, uma cidade pequena mas bonita. Pensei em uma cidade pós-guerra, mas pelo contrário. Tem alguns prédios que estão sendo reformados, restaurados, mas tudo é muito arrumado e arborizado. Foi uma emoção muito forte'', relata.

Ele ressalta que no Memorial do Imigrante (www.memorialdoimigrante.org.br), em São Paulo, é possível obter certidões de desembarque dos parentes no Brasil, o que pode facilitar na hora de solicitar documentos de dupla nacionalidade. (E.G.)

Érika Gonçalves
Reportagem Local

(notícia chegada através doamigo Cláudio Muraska)



Lietuvių palikuonys Brazilijoje žavisi senelių gimtine ir nesispardo grįžti (nuotraukos)

Istorijos profesorius Egidijus Aleksandravičius, lydimas fotografo Henriko Gulbino, Pasaulio lietuvių jaunimo bendruomenės prezidento Kęsto Pikūno bei vertėjo, Brazilijos piliečio Audrio Tatarūno, ryžosi leistis kelionėn po didžiausią Pietų Amerikos valstybę, ieškodamas čia gyvenančių lietuvių šeimų. Praėjusią savaitę į Londrinos regioną atvykęs E.Aleksandravičius vietos žurnalistams pasakojo Londrinoje ieškantis pirmosios lietuvių emigracijos Brazilijon bangos (1926 m.) metu čia atvykusių tautiečių palikuonių... 
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